Para o cientista político e professor da UFAL Ranulfo Paranhos, ao buscarem o centro no último pleito, os eleitores brasileiros “deram um freio de arrumação”, após o tsunami bolsonarista de 2018.
Se esta é uma tendência, precisaremos de tempo para confirmar ou não, mas parece haver um cansaço da briga sem tréguas entre os iracundos dos dois extremos.
Fica evidente, no entanto, que o lulopetismo e o bolsonarismo não se deram bem numa eleição que “trouxe de volta a política”.
Mas ainda não foi desta vez de os partidos possam comemorar a simpatia do eleitorado brasileiro, diz o professor:
– Os eleitores desconhecem os partidos, votam nas pessoas.
É uma verdade antiga e ainda não superada.
Convidado do Ricardo Mota Entrevista desta semana, o cientista político Ranulfo Paranhos diz que a derrota de Alfredo Gaspar em Maceió não deixa de ser uma surpresa, porque “os candidatos com apoio da máquina sempre têm mais chances de vitória”.
Mas o eleitor, lembra, sinalizou para a mudança bem antes da votação.
Assim como Bolsonaro foi, para ele, um evento passageiro, o fenômeno paulista Guilherme Boulos também parece seguir o mesmo caminho, aposta.
Resumindo: há espaço para novas construções políticas.
É fazê-las.
Ricardo Mota Entrevista
Domingo, às 10h30, na TV Pajuçara
Convidado: Ranulfo Paranhos – cientista político e professor da UFAL