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Foro de São Paulo quer aproveitar “segunda chance” para consolidar poder

Redação com Brasil Sem Medo
20 junho 2023

No documento base preparatório para o XXVI Encontro, que acontecerá em Brasília, de 29 de junho a 2 de julho, o Foro de São Paulo (FSP) disse que o grupo tem a “responsabilidade histórica de aproveitar esta segunda oportunidade” para consolidar o poder na América Latina e no Caribe. A segunda chance da qual fala a organização trata-se do retorno ao comando de países que haviam tirado da presidência alguns de seus membros, a exemplo do que aconteceu com Lula e Dilma, no Brasil.

“Vamos superar as diferenças, vamos construir a mais ampla unidade na diversidade dos partidos, dos movimentos sociais e populares e da intelectualidade progressista e de esquerda dentro de cada organização, país e continente. O imperialismo e a extrema-direita fascista estão à espreita como feras. Portanto, a unidade anti-imperialista e anti-neoliberal é um imperativo incontornável como caminho principal para a vitória”, diz um trecho do documento ao destacar a necessidade de união entre os membros para o avanço da extrema-esquerda na região.

Criado por Lula e o ditador de Cuba (já falecido), Fidel Castro, o organismo também exaltou narcoditaduras como a Venezuela e chamou de “avanços” as recentes e graves violações dos direitos humanos impostas a cubanos e nicaraguenses.

“Estamos vivendo um momento crucial de resistência e luta continental. À firmeza e avanços de Cuba, Venezuela e Nicarágua, somam-se vitórias eleitorais que, tendo como premissa a unidade programática, frearam o desenvolvimento do neofascismo na região. As vitórias presidenciais no México, Santa Lúcia, Bolívia, Brasil, Colômbia, Honduras, Peru e Chile são exemplos eloqüentes. A crescente liderança dos presidentes do México, Honduras, Cuba,Venezuela, Colômbia, Bolívia e Brasil foi decisiva para impedir as tentativas imperialistas de dividir e fragmentar a região”, diz o documento.

A pauta ambientalista também será prioridade no encontro e será abordada como ferramenta de controle social e mais uma justificativa para o financiamento do grupo.

“Entre as tarefas prioritárias estão a possibilidade de implantar uma nova industrialização ecológica e produtiva, a cooperação cultural, científica e tecnológica, a base para o desenvolvimento das forças produtivas, o Banco do Sul, um fundo comum de estabilização macroeconômica, um audacioso plano integrado das infra-estruturas de transportes e comunicações, o incremento das relações comerciais intra-regionais, e assumir o tema da migração como um assunto comum”, informa outro trecho do documento.

A organização ainda acusa os Estados Unidos de tentarem controlar os recursos naturais, mas não cita alianças de países como o Brasil, com governos europeus e entidades internacionais para impor o chamado Mercado de Carbono, o que, na prática, aumenta o controle social e a pressão sobre produtores rurais, além de facilitar a ingerência estrangeira sobre recursos naturais do país.

O FSP também destaca a cooperação histórica entre os regimes totalitários da América Latina e o Partido Comunista Chinês (PCCh).

“A China representa um fator de estabilidade e equilíbrio para a região da ALC (América Latina e Caribe), manifestada na defesa dos princípios do Direito Internacional, em particular a não ingerência nos assuntos internos dos países latino-americanos, aos quais, além disso, tem prestado cooperação sem condicionamento político”, afirma o documento.

Confira o documento na íntegra.

 

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