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Michelle Bolsonaro vai à polícia se queixar contra “ofensas e piadas” nas redes sociais

Yahoo Notícias - Ana Paula Ramos
29 setembro 2020
Primeira-dama Michelle Bolsonaro (Photo by Andressa Anholete/Getty Images)

A primeira-dama Michelle Bolsonaro ratificou uma queixa-crime apresentada em razão de supostas “ofensas e piadas infames em redes sociais”, que teriam colocado “em xeque sua fidelidade, integridade, correção e decoro”.

Ela foi à 4ª Delegacia de Investigações Gerais sobre Crimes Eletrônicos, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), em São Paulo, na quinta-feira (24), para autorizar a abertura de um inquérito criminal contra pessoas que a criticam nas redes sociais.

“Que conquanto as aleivosias sejam obviamente mentirosas, o dano reputacional à imagem e à honra é indiscutível e irreparável, tendo a declarante, por tais motivos, ficado extremamente abalada, assim permanecendo até os dias que correm, justamente porque esses comentários são acessados em fácil pesquisa nas redes sociais. […] Que quer ver processados e responsabilizados penalmente os seus ofensores tão logo sejam identificados e informa que representará contra cada qual assim que suas qualificações estiverem devidamente delineadas nos autos”, registra o termo de oitiva de Michelle.

As ofensas citadas pela primeira-dama referem-se à repercussão de um texto publicado sobre sua relação conjugal.

O provedor de internet de onde partiu os ataques está em São Paulo e, por isso, o processo foi iniciado no estado. Michelle precisou comparecer à delegacia para ratificar os termos para abertura do inquérito por se tratar de uma ação privada.

O inquérito está em segredo de Justiça. 

Policiais do Deic afirmam que as ofensas podem configurar crime contra a honra, calúnia e difamação.

Assessores da família Bolsonaro teriam passado um “pente-fino” nas redes sociais para montar um acervo com todos os ataques contra a primeira-dama nas últimas semanas.

As críticas a Michelle se intensificaram também nos últimos meses com a abertura do inquérito que investiga caso das rachadinhas, um suposto esquema de desvio de salários de funcionários do gabinete do então deputado estadual Flavio Bolsonaro, na Assembleia Legislativa do Rio.

A quebra de sigilo bancário de Fabricio Queiroz, ex-assessor do filho do presidente, encontrou depósitos feitos por ele e a esposa, Marcia Aguiar, na conta da primeira-dama que somam R$ 89 mil.

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